João Jorge Lourenço
O POETA É ETERNO
O Poeta é eterno ! O nosso Poeta, o Poeta da Mêda e dos Medenses, não é finito.
É mesmo eterno, como majestosamente canta Drummond de Andrade – um dos expoentes maiores da poesia em língua portuguesa – no seu poema “ Eterno” : “…eterno é tudo que não passa / pois não houve eternas as palavras / eternos os pensamentos / e passageiras as obras…”.
O Manuel Daniel não nos deixou, na medida em que nos legou toda a sua maravilhosa obra poética e literária, e assim continua a ilustrar as nossas vidas, a recordar aquele AMIGO, que “ é maior que o pensamento “, como Zeca Afonso acentua na sua célebre canção.
Cada livro, cada texto, cada poema de Manuel Daniel (para já não referir o campo epistolar, de que particularmente beneficiei) corresponde à eternidade própria dos que “da lei da morte se libertaram”, na inspiração sublime do nosso “Príncipe dos Poetas”.
Por isso, continuo a dialogar com o meu padrinho do Crisma e a beneficiar, em todos os planos da minha vida, dos seus valores, dos seus ensinamentos, dos seus exemplos, sempre ciente, todavia, de que, pelo menos, a minha “pena” e/ou a respetiva inspiração não têm engenho e arte para com ele ombrear.

