João Jorge Lourenço

O POETA É ETERNO 

O Poeta é eterno ! O nosso Poeta, o Poeta da Mêda e dos Medenses, não é finito. 

É mesmo eterno, como majestosamente canta Drummond de Andrade – um dos expoentes maiores da poesia em língua portuguesa – no seu poema “ Eterno” : “…eterno é tudo que não passa / pois não houve eternas as palavras / eternos os pensamentos / e passageiras as obras…”.

O Manuel Daniel não nos deixou, na medida em que nos legou toda a sua maravilhosa obra poética e literária, e assim continua a ilustrar as nossas vidas,  a recordar aquele AMIGO, que “ é maior que o pensamento “, como Zeca Afonso acentua na sua célebre canção.

Cada livro, cada texto, cada poema de Manuel Daniel  (para já não referir o campo epistolar, de que particularmente beneficiei) corresponde à eternidade própria dos que “da lei da morte se libertaram”, na inspiração sublime do nosso  “Príncipe dos Poetas”.

Por isso, continuo a dialogar com o meu padrinho do Crisma e a beneficiar, em todos os planos da minha vida,  dos seus valores,  dos seus ensinamentos, dos seus  exemplos, sempre ciente, todavia, de que, pelo menos,  a minha “pena” e/ou  a respetiva inspiração não têm engenho e arte para com ele ombrear. 

 Belo Horizonte, a 31 de Outubro de 2021

© 2025 Manuel Daniel. Todos os direitos reservados